Não entendam como hostilidade o conteúdo deste post. Muito pelo contrário: é um desabafo. Este modesto blog é um espaço que construí para difundir um pouco do que penso e para verbalizar o que eu acho importante. E espero poder ajudar algumas pessoas a compreender algumas questões.
Apesar da minha felicidade, tendo em vista o fato de eu ter descoberto (e sentido na pele) que sou perfeitamente capaz de gostar de verdade de alguém (mais de uma única vez na vida), estou me sentindo um pouco estranha hoje. Não sei até que ponto tem fundamento tal sensação, mas simplesmente sinto.
Sim, decidi tentar outra vez e estou namorando. Namorar para mim sempre consistiu na ideia de que duas pessoas que se gostam não só podem como devem buscar conhecer melhor um ao outro. Têm o direito de curtir momentos juntos e de manifestar como bem entenderem o amor que sentem, desde que isso não ofenda ou prejudique a ninguém. Mas parece que nas redes sociais, isso toma proporções bastante exageradas.
Desde ontem, quando alterei o meu status de relacionamento no Facebook, recebi mensagens diversas. A imensa maioria – ainda bem – foi de apoio, manifestações de carinho ou desejos de boa sorte. Coincidentemente, essas mesmas pessoas que me mandaram tais mensagens conhecem profundamente a minha história e sabem a respeito de tudo que vivi e, creio eu, gostam de mim e torcem pelo meu sucesso. Outras, que não foram enviadas diretamente a mim, demonstraram surpresa/choque, como se dar um passo como este fosse equiparável à descoberta da pólvora.
Não é, apesar de ser bem legal. E por mais difícil que seja de acreditar, aconteceu sem que nenhum de nós dois estivesse almejando um relacionamento mais profundo. Engraçado é que em meio a tantas fotos, frases, compartilhamentos, só a mudança de status causou tanto alarde…
Como muitos de vocês já estão até cansados de saber, há pouco mais de um ano atrás eu estava “no chão”. Sofri uma das maiores decepções da minha vida com o fim de um relacionamento de quase 05 anos, que eu tinha a ingênua certeza de que seria “eterno”. E o que mais me entristeceu na época não foi somente a rejeição, mas também outras circunstâncias que não irei citar porque são intrínsecas a mim. Só que mesmo aos trancos e barrancos, com muitos pensamentos conflitantes (perfeitamente normal nesta fase de “luto”), fiz de tudo para superar. E consegui não apenas isso, como também amadureci bastante e abri muito a minha mente para o novo.
Tanto que, ao olhar para o caminho que trilhei nos últimos meses, insisto: não me arrependo ou me envergonho de absolutamente nada. Procurei correr atrás dos meus objetivos, conheci pessoas incríveis, descobri coisas sobre mim mesma que eu nem imaginava que existiam. Fiz as minhas escolhas com a consciência tranqüila e nunca enganei ninguém. Parei de me culpar. E o mais importante: aprendi a me amar genuinamente e que esta é a melhor “fórmula” para atrair mais amor ainda.
E assim, sigo. Estou bastante feliz com o meu (agora oficial) namorado. Ambos somos livres. E não é este título, o de “namorada” que vai determinar se o que ele sente ou deixa de sentir por mim é verdadeiro. Não é o status de relacionamento que apresento nas redes sociais que vai definir o respeito que ele tem por mim ou vice e versa. Tampouco uma aliança, um presente caro, ou palavras bonitas são capazes de descrever a intensidade do amor que existe entre um casal. Nem mesmo o tempo é certeiro para expressar quão feliz alguém pode ser. Tudo isso ocorre naturalmente e transparece, para quem quiser ver.
Para finalizar, digo que sou verdadeiramente grata a todos que me ajudaram nessa caminhada. E que nunca esquecerei de quem me estendeu a mão e me deu carinho e força quando precisei. E não espero nada além de viver um dia de cada vez, sem planos astronômicos para um futuro a dois. E sem projetar nele as minhas fraquezas ou os meus anseios.
Mas é claro que quero que dê tudo certo! E sim, estou apaixonadíssima. Acho que não tem absolutamente nada de errado nisso.
Tem?!
Uma frase pertinente que circula no próprio Facebook diz justamente o seguinte: “sou responsável pelo que digo. Não pelo que você entende.” Fatão, né?